Rock no interior de São Paulo? De improvável a sucesso nacional:

conheça as estratégias que o Festival João Rock utilizou para criar um espaço para o rock e se consolidar, se transformando na vitrine do segmento

Em junho de 2012, 10 mil pessoas se reuniram em Ribeirão Preto para curtir grandes nomes do rock e da música nacional: Ira, CPM 22, Titãs.

Assim nasceu o Festival João Rock – um projeto inovador e audacioso, idealizado por dois empresários do universo de entretenimento, que juntos cultivaram e amadureceram a ideia de levar para a cidade e região um evento totalmente diferente das origens do interior paulista, onde a música sertaneja predomina.
 
O acontecimento marcava o início da história de um dos primeiros festivais de rock nacional do interior de São Paulo que, mais tarde, se tornaria um dos maiores do gênero no país pautado por encontros inesperados entre estrelas e grandes parcerias em seus palcos. “Nosso maior desafio foi sempre manter a identidade do João Rock, trabalhando fortemente para promover uma experiência única ao nosso público, sem perder a essência de um evento focado no rock nacional e seus subgêneros, e em clima de festival”, explica Marcelo Rocci, um dos organizadores do festival.

Ao longo dos seus 21 anos, o JR expandiu seu espaço, investindo em infraestrutura, programação, ações diferenciadas, além de bom relacionamento e muito respeito com o seu público final, tornando-se um case de sucesso e atraindo investimento de grandes marcas. “O João Rock já ultrapassa gerações e a cada ano buscamos conduzi-lo para que o público sinta a irreverência e ousadia de participar de um grande festival, além de fortalecê-lo cada vez mais como uma sólida plataforma de comunicação para grandes marcas conversarem diretamente com seu público, através de atrações e possibilidade de ativações”, completa Rocci.

O João Rock ainda se diferencia pelos encontros inéditos de artistas em seus quatro palcos, o lifestyle em suas pistas de skate, as atrações para as diferentes vertentes do rock e os espaços ambientados que fazem com que o desejo de passar pela experiência de estar no João Rock aconteça novamente no próximo ano.
 
Reconhecimento
Ao longo dos anos também fez com que o interior paulista entrasse para a rota das bandas do gênero, sendo reconhecido pelos artistas que já experimentaram o palco do evento. “Nesses 21 anos, buscamos sempre focar na nossa identidade, para não descaracterizar o festival e, ao mesmo tempo, trabalhando para o fortalecimento da cena do rock”, comenta Luit Marques, organizador do João Rock.
 
O clima nos bastidores do festival também é reconhecido no meio artístico. “Por trás dos palcos é uma grande confraternização desde a chegada dos artistas até o final do evento. Muitas vezes foi através das interações nos camarins que surgiram os tradicionais encontros que se tornaram forte característica do João Rock”, ressalta Rocci. 

Entre alguns momentos históricos estão Caetano Veloso e Os Mutantes, Chorão e Marcelo Nova, Os Paralamas do Sucesso e Dinho, do Capital Inicial, Marcelo D2 e Marcelo Falcão, Jorge Ben Jor e Mallu Magalhães, Lenine e Rogério Flausino (Jota Quest), Nação Zumbi e Paralamas do Sucesso, Pitty e Planet Hemp, Emicida e Vanessa Da Mata, Humberto Gessinger e Dinho Ouro Preto, Titãs e IRA, entre outros.

Evolução
O João Rock que, na edição de 2002, contava com um palco e quatro shows na programação, neste ano, terá uma estrutura envolvendo quatro palcos, um line-up com mais de 30 atrações, ampla área de alimentação, dois camarotes, pista premium, além de um espaço para diferentes manifestações artísticas, esportes radicais e ações interativas com o público.

Maria Eugenia Celulare Marangoni – Jornalista

MTB: 71286

 Fotos retiradas da página oficial do Facebook do Festival João Rock
https://www.facebook.com/festivaljoaorock/photos_by