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Cães como passageiros: O caso urgente para mudanças na política de transporte aéreo de animais

Escrito porem 30 de abril de 2024

A morte trágica do cachorro Joca, durante um voo em que viajava no compartimento de cargas, gerou uma onda de indignação nacional e trouxe à tona uma questão crítica: a segurança e o bem-estar dos animais de estimação em viagens aéreas. O incidente, que se tornou conhecido por um vídeo de protesto que viralizou, não apenas destaca o risco associado ao transporte de animais nas áreas de carga, mas também reforça a necessidade de repensar como as companhias aéreas tratam nossos companheiros mais leais.

Perigos do departamento de cargas

Animais no compartimento de cargas estão sujeitos a variações extremas de temperatura e pressão, que podem ser fatais. Além disso, a falta de supervisão humana constante aumenta o risco de problemas de saúde não serem detectados a tempo. O barulho ensurdecedor e a solidão podem também provocar traumas psicológicos severos, impactando o bem-estar emocional do animal.

Traumas e riscos psicológicos

Cães são seres sencientes, capazes de sentir medo, ansiedade e estresse. O isolamento no compartimento de cargas, longe de seus tutores, pode gerar uma ansiedade extrema. Estudos mostram que o estresse pode desencadear problemas comportamentais e de saúde que perduram muito após o término da viagem.

Um chamado a ação

Diante dessas preocupações, torna-se urgente que os legisladores e companhias aéreas revisitem e reformem as políticas de transporte de animais. Alternativas como acomodações seguras na cabine, onde os animais podem viajar ao lado de seus donos, devem ser exploradas. Essas mudanças não apenas garantiriam a segurança dos animais, mas também a paz de espírito de seus donos.

A morte de Joca não deve ser em vão. Precisamos usar esse momento como um catalisador para mudanças significativas na maneira como nossos animais de estimação são transportados em viagens aéreas. Ao colocar o bem-estar dos animais no centro das políticas de transporte, podemos garantir que tragédias como essa não se repitam. Animais não são coisas; eles são parte de nossas famílias e merecem ser tratados com respeito e cuidado. É hora de as companhias aéreas e os reguladores agirem e garantirem que os cães e outros animais de estimação tenham um lugar seguro ao nosso lado, dentro das cabines de avião.

Jornalista:  Maria Eugenia Marangoni  –   MTB: 71286